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Resumo Audiência Pública sobre o decreto 1422/18

20 de fevereiro do 2019

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Na tarde desta terça feira ocorreu a Audiencia Publica sobre o decreto 215/2019 que substitui o decreto 1422/2018, na Camara Municipal de Curitiba. A mesa foi composta por Rafael (músico, representante dos artistas), Dr. Elias Mattar Assad (Advogado defensor dos artistas), Maestre Pop (vereador), Claudine Camargo(procuradoria geral de Curitiba), Manuel Neto (Ordem dos músicos e moderador da audiencia), Erika Mielke(representante da secretaria do Meio Ambiente), Elton Barz (secretário executivo do Conselho Municipal da Cultura), Luciano Kampf (coordenador de programação da Fundação Cultural de Curitiba (FCC)). 

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Claudine Camargo falou da alteração do decreto 215 para substituir o decreto 1422. Mencionou também a necessidade de serem discutidas as possíveis novas alterações que o decreto precisa.

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Erika Mielke falou da problemática referente a poluição sonora e da falta de metodologias para medição dos decibéis de maneira efetiva, expressando também a vontade da secretaria por encontrar soluções que favoreçam a todos.

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A secretaria de cultura falou do papel que deseja ter como intermediário entre os artistas de rua e o governo. Também comentou a necessidade de se fazer os tramites burocráticos pertinentes para possíveis alterações no decreto.

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Rafael recalcou a importância dos princípios básicos contemplados na constituição como a liberdade de expressão e o direito à cultura, além de apontar a importância do dialogo.

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Logo após a fala de Rafael, a vereadora Julieta Reis fez uma intervenção fora do programa apresentando-se como representante dos feirantes, defendendo os artesãos registrados da Feira do Largo e pedindo garantias para estes.

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O advogado Elias falou da forma como foi feito o decreto - "tratoraço" - devido a forma  como a prefeitura aprova decretos no final do ano nos períodos de férias para impedir a ação imediata da população. Também comentou que partes do decreto eram armadilhas já que limitam atividades que se supõe serem livres; como também contraditório, já que no decreto se proíbe a reserva de espaço mas ao mesmo tempo, se pede que o artista, no momento de seu registro, informe o local  que frequenta para expor/apresentar suas artes.
 

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Após, foi a vez dos depoimentos dos artistas a cargo de Paulo, Diego, Camila, Raul, John e Chameguinho, finalizado com a entrega das 18.000 assinaturas em contra do decreto 1422/2018 ao vereador Mestre Pop.

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Os depoimentos foram muito tristes pois expressaram a violência para com os artistas de rua, passando por cima de princípios básicos de respeito e igualdade, como a expulsão dos artistas de seus pontos de tralhando denunciando autoridades abusivas.

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Os depoimentos também apresentaram erros no decreto, o qual não possui embasamento com estudos técnicos para obtenção de dados, no caso dos decibéis por exemplo.

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Paulo

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Camila

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Diego

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Raul

Jhon

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Chameguinho

Cabe mencionar que o tempo não foi distribuído igualmente. No final se teve poucos minutos para as perguntas; apenas 10 pessoas puderam se inscrever e não foram respondidas na Audiência, sendo gravíssimo para um evento considerado democrático.

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Estas ultimas intervenções levantaram temas importantes como os conflitos envolvendo os artistas de rua, a opressão por parte do Estado, a inexistência de programas que vinculem de fato os artistas à realidade urbana, a falta de reconhecimento para com os artistas estrangeiros que chegam numa cidade limitada por leis, a imposição de decretos que vão em contra do direito à cidade e a inexistência de um interesse real por parte da prefeitura de reconhecer a arte da rua como parte da cultura de Curitiba.

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A Audiência foi encerrada com a intervenção do vereador Mestre Pop, o qual ressaltou a importância da discussão.

O decreto 1422/18 foi revogado pelo 215/19, o qual ainda apresenta medidas a serem reformuladas.

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Estamos de olho.

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